Eu tenho uma pedaço nordestino em mim. Um pedaço que vem da parte da minha mãe. Que tão pequenina saiu do Rio Grande do Norte, e junto com a sua família rumou ao sudeste do Brasil. Foram à busac do Sul Maravilha. E lá ainda estão todos.
Minha mãe, uma nordestina indígena (de pai e de mãe), tem o sotaque carioca, a cultura cristã, mas a alma continua no sertão. Peixe com côco, Pirão de peixe, Jabá com jerimum (carne seca com abóbora), mandioca, côco ralado na hora, e (Meu Deus, que delícia! ) tapioca. A paraíba (carinhosamente chamada assim pelo meu pai) cozinha mesmo bem. Ontem quando eu comprei tapioca, ela me passou por telefone a receita de uma tapioca. E eu só de ouvir fiquei abilolada.
Estas comidas todas que falei, não faz parte nem da metade do cardápio nordestino. E se você não conhece nenhum deles, é melhor se apresar. Procura por aí um restaurante, uma nordestina cozinheira, ou então compra um bilhete para o Nordeste.
Hoje eu deixei esta parte arretada do meu sangue, fervilhar. Fiz tapioca, e comi como se não houvesse a hora seguinte. Deu-me tanta satisfação, que se me oferecessem ouro, ao invés da tapioca eu rejeitava.
Hoje eu me senti uma verdadeira
Maria Bonita. Nordestina cheia de garra, e feliz das suas origens.
Comi e me deliciei!
Ôxi, coisa boa de danada!
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