O tempo hoje em Lisboa estava abafado. Uma brisa suave, refrescava-nos por breves segundos. O Chiado estava cheio de turistas. Tão cheio, tão movimentado que quase pensei estar no centro do Rio de Janeiro, num dia de semana. Quase...
O meu filho estava feliz por estar em Lisboa. O menino foi gerado e criado em Oeiras, mas nasceu em Lisboa. Acho que não há como fugir destas coisas. Lá bem no fundo ele deve saber que como um bom 'alfacinha' deve curtir a cidade. E o rapazinho curti tanto que até parece que tem ali um pingo de melancolia, uma saudade de algo que nunca viveu. A saudade de Lisboa.
Mal colocou os pés no Cais do Sodré, exclamou da sua inocente felicidade: Mãe, já estamos em Lisboa! Eu gosto muito daqui!
Como é possível, ainda me pergunto.
Depois daquele almoço maravilhoso: peixinho grelhado, boa bebida e bom acompanhamento. Fomos tal como turistas observando cada detalhe.
Eu não sei vocês, mas cada vez que vou a Lisboa, descubro algo novo, ou vejo o antigo com um olhar refrescante.
Descobri que virou moda degustar peixe em conserva (visitei a Loja das Conservas). Para todos os tipos de gostos: sardinha, atum, salmão. Se antes comer sardinha em lata era sinal de pouco poder de compra e pouco requinte, agora significa que você tem gosto, é hipster (porque ser hipster tão está na moda) e é claro comprar em conservas é vintage.
Descobri que em todos os lados, tem sardinhas (artificiais) a vender. De loiça, de pano, de cortiça, de madeira, de plástico. Se antes o símbolo de Lisboa era o elétrico, agora é o elétrico e a sardinha.
Decidimos entrar no Museu do Banco de Portugal (vale dizer que a entrada é gratuita), que está lindíssimo. A obra está estonteante. O trabalho conseguido pelos arquitetos, em si, já é uma obra de arte que vale a pena a ser observada. Na cave do Museu está a Muralha de Dom Dinis. Vale tão a pena ver, que vamos voltar para uma visita guiada.
Fomos a FNAC e a Bertrand. Descobrimos livros novos, compramos mais um. Vimos que Lisboa é concorrida a cada centímetro por gente de todos os tipos, todas as cores, todas as nacionalidades e gêneros. Alguns chamariam de babilônia, eu chamo de 'uma miscelânea de gente'.
Que delícia. Ter um pedacinho de sábado bem passado.
E é claro o meu filho satisfeito e feliz.
Passear com a família, (re)descobrir cada cantinho de Lisboa, recomenda-se vivamente.
;-)
Tita R.
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