sábado, 25 de outubro de 2014

Já estou de volta!

Amanheceu e eram 8h15. Este dia de outonão (outono com cara de verão), deu-me disposição.
Então, car@s leitores, decidi que já se passara tempo em demasia sem esta minha personagem.
Voltei e, cá estou eu a fazer uma das coisas que mais gosto: as minhas colagens.
Porque decidir e voltar não são apenas verbos, mas são atitudes que se deve tomar de cabeça arejada e com satisfação.
Por isso eu já voltei benzinho...
E espero por  estar cá mais algum tempo e com a vossa companhia!
Tita R.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Saudade arretada!

Eu tenho uma pedaço nordestino em mim. Um pedaço que vem da parte da minha mãe. Que tão pequenina saiu do Rio Grande do Norte, e junto com a sua família rumou ao sudeste do Brasil. Foram à busac do Sul Maravilha. E lá ainda estão todos.
Minha mãe, uma nordestina indígena (de pai e de mãe), tem o sotaque carioca, a cultura cristã, mas a alma continua no sertão. Peixe com côco, Pirão de peixe, Jabá com jerimum (carne seca com abóbora), mandioca, côco ralado na hora, e (Meu Deus, que delícia! ) tapioca. A paraíba (carinhosamente chamada assim pelo meu pai) cozinha mesmo bem. Ontem quando eu comprei tapioca, ela me passou por telefone a receita de uma tapioca. E eu só de ouvir fiquei abilolada.
Estas comidas todas que falei, não faz parte nem da metade do cardápio nordestino. E se você não conhece nenhum deles, é melhor se apresar. Procura por aí um restaurante, uma nordestina cozinheira, ou então compra um bilhete para o Nordeste.
Hoje eu deixei esta parte arretada do meu sangue, fervilhar. Fiz tapioca, e comi como se não houvesse a hora seguinte. Deu-me tanta satisfação, que se me oferecessem ouro, ao invés da tapioca eu rejeitava.
Hoje eu me senti uma verdadeira Maria Bonita. Nordestina cheia de garra, e feliz das suas origens.
Comi e me deliciei! 
Ôxi, coisa boa de danada!





Quer saber sobre as expressões nordestinas? clique aqui e se divirta!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Bicho Preguiça.

Há dias em que eu penso que sou alguma mutação humana do bicho preguiça.
Sono, preguiça, fome. Três sentimentos que se repetem concomitantemente.
E eu nem sei a razão. Quer dizer sei sim...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Semana doce.

Vejam só que excelente ideia para o lanchinho da tarde.
Pode fazer esta linda sobremesa com os seguintes ingredientes:

  • 1 potinho de vidro de iogurte ou conserva;
  • Iogurte grego;
  • Frutos vermelhos;
  • Calda de morango (para sorvete) ;
  • Cereais.

Bom apetite, e uma semana doce!

A imagem pode ter direitos de autor.


domingo, 10 de agosto de 2014

Tenho fases como a Lua.

E porque hoje é dia (ou noite) de Super Lua, deixo-vos aqui este lindo poema de Cecília Meireles:

Lua Adversa

Tenho fases, como a lua, 
Fases de andar escondida, 
fases de vir para a rua... 
Perdição da minha vida! 
Perdição da vida minha! 
Tenho fases de ser tua, 
tenho outras de ser sozinha. 

Fases que vão e que vêm, 
no secreto calendário 
que um astrólogo arbitrário 
inventou para meu uso. 

E roda a melancolia 
seu interminável fuso! 

Não me encontro com ninguém 
(tenho fases, como a lua...). 
No dia de alguém ser meu 
não é dia de eu ser sua... 
E, quando chega esse dia, 
o outro desapareceu... 

Cecília Meireles, in 'Vaga Música'



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Roupinha Seca.

Não sei se foi a falta do amaciador de roupas, ou se foi do calorzinho da tarde, mas hoje quando recolhi a roupa do estendal, estavam exatamente assim.
Depois, dobradas e diretamente para a gaveta. Tal como prometido.


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Cartões de Leitura, cadê você, meu fio?

Ando a estudar para alguns exames. A quantidade de matéria é extensa e por vezes torna-se cansativo, ler a Constituição da República Portuguesa, ou então estudar estatística ao mesmo tempo que o meu filho está a ver o H2O, Jersie, ou O meu cão tem um blog (se não sabe do que se trata, é porque certamente não tem um filho entre os 5 e 9 anos, ou então não tem o Disney Channel em casa).
E por causa deste ambiente acolhedor, que faria desconcentrar até o Dalai Lama, lembrei-me de um método de estudo que o meu pai e meus irmãos mais velhos me ensinaram: as maravilhosas ficha de leitura
Bem, se você não faz a mínima ideia do que se trata, das duas uma: ou nasceu na década de 90 para frente, ou então no seu país tem um nome diferente.
E depois de lembrar, deste maravilhoso método de estudo (sim , funciona mesmo. Funcionou comigo durante muitos anos), decidi ir à procura dos 'cartões' mágicos, para fazer as minhas fichas de leituras.
Muito bem, como o mais simples dos mortais, o primeiro lugar onde fui, em busca do milagroso cartão, foi a loja do chinês, mesmo na esquina da minha casa. O pior não foi não encontrar o que eu queria, o pior foi explicar do que se tratava:
- Cartões de leitura.
-Catões de leitula?
- Sim, metade disto (com um pedaço de cartolina nas mãos) com linhas para escrever (apontando freneticamente para um caderno pautado).
- Sim, sim. Cadelno.
- Não, não é um caderno, são folhas soltas.
- Folhas ( e o senhor com um maço de folhas de ofício A4).
- Não, não é isso.
- Então não existe aqui. Aqui não tem este.
- Obrigada.
Saí um pouquinho exausta da loja, confesso. Mas fui rumo a uma papelaria, de uma senhora idosa. Ela olhou triste para mim e disse: 
- Há muito tempo não tenho e nem vendo isto. As pessoas já não sabem estudar. Vão ao Google.
-Ah! que pena. Mas obrigada na mesma.
Mas a procissão em busca do papelinho não parou. Fui à Vila de Oeiras e surpresa das surpresas, encontrei algumas na Livraria Gatafunho, a senhora de lá surgiu com aquilo, como  se tratasse de ouro (aos meus olhos). Até fiquei emocionada. A simpática senhora com sotaque castelhano, dispensou-me meia dúzia deles e vim eu, toda feliz para casa.
Pensei: Caramba, meu! Estou velha. Isto são cartões de 1900 e lá vai fumaça. E eu estou tão feliz por encontrá-los, até parece o meu pai a ouvir discos de vinil.
Bem, pelo caminho lembrei de mais uma papelaria. Antiga também. O senhor disse que tinha, e mais uma vez a emoção foi tanto que até era capaz de lhe dar um beijinho. Era, porque como é óbvio não o dei.
Três euros e sessenta bem gastos. 
E eu a pensar, nem o Sr. Google e toda a sua oferta de resumos de obras e assuntos me seduziu tanto.
E viva aos cartões de leitura. Se quer aprender como se faz uma boa ficha de leitura, clica aqui, tem ótimas dicas.


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Coisas Gulosas.

Hoje descobri uma receita de sobremesa de fazer água na boca a qualquer simples mortal. Prometo-vos que assim que fizer esta receita, partilho com vocês as imagens aqui.
Enquanto não o faço, deixo-vos os passos de preparação desta maravilhosa Bola de Chocolate.
Yummmmmmi!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Amélia é que era mulher de verdade.

Ontem foi um domingo cansativo. Há muito tempo é que não me aventurava tanto.
Não, não foi nenhuma aventura bestial. Foi uma aventura de ferro e roupa. Passei 5 cadeiras de roupa. Tanta que quando eu pensava que estava a acabar, ela brotava de algum cantinho.
Há muito tempo adotei a "filosofia" de, tirar a roupa do estendal (1º passo), dobrar(2º passo) e colocar nas gavetas(3º passo). Mas desta vez  foi difícil. O cansaço e a preguiça impediu-me de exercitar os três passos da felicidade. E elas foram ali, timidamente acumulando. Eu fui alimentando aquele monstro, amarrotado e estrategicamente equilibrado em cima da cadeira, no canto do castigo no meu quarto. Oh, céus! Vida difícil!
Depois de uma jornada de mais ou menos 5 horas, lá estava a cadeira, imponente e orgulhosamente vazia.
Foi um feito e tanto. Ninguém que me diga ao contrário.
De agora em diante, prometo voltar a seguir o esquema dos três passos. E se não conseguir, tenho mais uma penitência para cumprir. Passar aquele "montaréu" de roupas novamente.
Vou continuar a sonhar, e a desejar o dia em que terei uma pessoa a passar todas as minhas roupas impecavelmente.
Um dia quem sabe, quando eu for gente grande.


sábado, 2 de agosto de 2014

Sábado de Sol (encoberto) e de descobrimentos.

Tímido, muito tímido que ele estava hoje. Lá de vez em quando dava ares de sua graça. Mas, para compensar, mesmo escondidinho, ele aqueceu-nos o dia. Sabe que às vezes até chego a pensar que devo estar com uma menopausa precoce.
O tempo hoje em Lisboa estava abafado. Uma brisa suave, refrescava-nos por breves segundos. O Chiado estava cheio de turistas. Tão cheio, tão movimentado que quase pensei estar no centro do Rio de Janeiro, num dia de semana. Quase...
O meu filho estava feliz por estar em Lisboa. O menino foi gerado e criado em Oeiras, mas nasceu em Lisboa. Acho que não há como fugir destas coisas. Lá bem no fundo ele deve saber que como um bom 'alfacinha' deve curtir a cidade. E o rapazinho curti tanto que até parece que tem ali um pingo de melancolia, uma saudade de algo que nunca viveu. A saudade de Lisboa.
Mal colocou os pés no Cais do Sodré, exclamou da sua inocente felicidade: Mãe, já estamos em Lisboa! Eu gosto muito daqui!
Como é possível, ainda me pergunto.
Depois daquele almoço maravilhoso: peixinho grelhado, boa bebida e bom acompanhamento. Fomos tal como turistas observando cada detalhe.
Eu não sei vocês, mas cada vez que vou a Lisboa, descubro algo novo, ou vejo o antigo com um olhar refrescante.
Descobri que virou moda degustar peixe em conserva (visitei a Loja das Conservas). Para todos os tipos de gostos: sardinha, atum, salmão. Se antes comer sardinha em lata era sinal de pouco poder de compra e pouco requinte, agora significa que você tem gosto, é hipster (porque ser hipster tão está na moda) e é claro comprar em conservas é vintage.
Descobri que em todos os lados, tem sardinhas (artificiais) a vender. De loiça, de pano, de cortiça, de madeira, de plástico. Se antes o símbolo de Lisboa era o elétrico, agora é o elétrico  e a sardinha.
Decidimos entrar no Museu do Banco de Portugal (vale dizer que a entrada é gratuita), que está lindíssimo. A obra está estonteante. O trabalho conseguido  pelos arquitetos, em si, já é uma obra de arte que vale a pena a ser observada. Na cave do Museu está a Muralha de Dom Dinis. Vale tão a pena ver, que vamos voltar para uma visita guiada.
Fomos a FNAC e a Bertrand. Descobrimos livros novos, compramos mais um. Vimos que Lisboa é concorrida a cada centímetro por gente de todos os tipos, todas as cores, todas as nacionalidades e gêneros. Alguns chamariam de babilônia, eu chamo de 'uma miscelânea de gente'.
Que delícia. Ter um pedacinho de sábado bem passado.
E é claro o meu filho satisfeito e feliz.
Passear com a família, (re)descobrir cada cantinho de Lisboa, recomenda-se vivamente.
;-)
Tita R.




sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O que der na telha.

Agosto já chegou. Parece que entre os meses do ano, eles andam a fazer uma corrida para ver quem termina primeiro.
E não adianta falar aquelas frase vulgares de sempre, sobre como o ano passou a correr. Acaba por ser um cliché, porque todo mundo (inclusive o meu filho de 5 anos) sabe que o ano passou depressa.
É agora que algumas pessoas ficam melancólicas a pensarem na vida e na redefinição dos planos que haviam traçado para o ano de 2014. Que nem 1/3 conseguiram concretizar. Isto inclui-me.
Tenho uma amiga, que está a sempre a me dizer: "nada como os anos". E é verdade. Vamos dando menos importância a algumas coisas e o que realmente importa, não nos cansamos de aproveitar, como a família, os amigos e o seu passatempo favorito.
Muito bem minha gente. Estamos em Agosto. O mês que alguns chamam de desgosto, e que eu recuso-me a aceitar esta sugestão do provérbio popular para passar o mês.
Agosto, minha gente, há de ser um mês com gosto e é claro ao meu gosto.
Em Agosto, dois dos meus manos fazem aniversário. Em Agosto, tenho o meu filho o mês todo em casa só para mim, e na segunda quinzena o meu filho e o meu marido. Em Agosto tem sol, mesmo que um sol tímido. Em Agosto as ruas estão vazias e a piscina do Inatel de Oeiras, também.
Portanto, esqueça lá qualquer plano e curta cada dia de Agosto, ao seu gosto.
Hoje apetece-te ficar em casa? Ir à praia? Ao jardim? Fazer ronha no trabalho? Pois faça o que te der na telha. Quebre as expectativas para o mês de Agosto. Vá para o Norte, ao invés de ir par o Sul. Compre comida no Continente, Pingo-Doce ou naquele senhor da loja de frangos da esquina. Quebre as expectativas e o quotidiano. Viva um mês diferente, e experimente não reclamar.
Agosto, ao gosto e com gosto!

Tita.



quinta-feira, 3 de julho de 2014

Feijão Maravilha

"Dez entre dez brasileiros preferem feijão,esse sabor bem Brasil" As Frenéticas já sabiam do que é que cantavam.
Hoje comi feijão com arroz, frango e um ovo estalado (ou será estrelado?). Que delícia. Foi mesmo para matar as saudades da minha "terra onde canta o sabiá".
Ser brasileiro, é ter algumas características que nos é intrínseca. Se você é brasileir@, ou se já morou por lá, com certeza tem uma entre várias preferências típicas daquele povo (o meu povo também). Por exemplo, deixo aqui algumas preferências nacionais. E em pelo menos uma, você consegue se enquadrar. Elas são:

  1. Futebol (Não será possível que você não dá pulos e gritos histéricos no sofá);
  2. Carnaval (Ok, você não brinca o carnaval, mas fica a espera ansioso pelo feriado prolongado);
  3. Bunda (É uma coisa instintiva. Alguém passou, alguém teve bunda mirada. Aliás gente, que obsessão é essa com a bunda do Hulk?);
  4. Samba (Eu não gosto, e não gosto mesmo, mas é como um chiclete. Ouvir o ritmo e balançar o pé.)
  5. Feijão (Preto, mulato, de corda, manteiga, frade. Tem para todos os gostos, óh freguesa);
  6. Kombi (quem nunca andou de kombi, para fugir ao cansaço, ou mesmo para chegar mais cedinho a casa, não sabe o que é ser pobre. E pobre é o que não falta. Eu já fui de Kombi para o Aeroporto Internacional. Não sou brega, sou vintage!)
  7. MPB (Chorar baba e ranho com aquela música da novela. Acho que as mais "chorosas" foram Bem que se quis, da Marisa Monte, e Oceano do Djavan. Sempre é legal ouvir, nem que seja para lembrar que era a novela da hora do jantar);
  8. Fusca (gente! o fusca, ou carocha em Portugal, o pai de todo mundo teve um. Olhar para um é uma melancolia só.)
  9. Praia (acompanhada de uma farofada - levar todo tipo de comida para lá. Tem alguma coisa mais brasileira?)
  10. E finalmente, Novela (nem que seja para dizer que é uma porcaria, você te que ver pelo menos uma vez).
Portanto, hoje fui bem brasileira. Comi feijão com arroz e ouvi MPB. Matei as saudades de ser brasileira.
Aqui podem ouvir a música da novela Feijão Maravilha, que é bem da minha época. No tempo em que se faziam boas novelas e boas músicas, e que o meu pai tinha um fusquinha.





quarta-feira, 2 de julho de 2014

Caraca! Já estamos em Julho!

Hoje estava a pensar sobre quanto tempo é que não vinha para aqui semear letras. Este pensamento levou-me a outro, que eu sei que parece um cliché quando ouvimos, mas o ano passou a voar.
Não sei se já se deram conta, eu pelo menos até ontem não tinha dado, mas 1/2 já se passou. E aí você pensa: "Caraca! (escolha outra interjeição que seja mais adequado ao seu dia-a-dia) Já estamos em Julho!".
Ah, pois é minha gente. Já estamos em Julho. E se começarmos a parar bem para pensar, ficamos deprimidas. Aquela dieta (não é o meu caso, mas é ilustrativo) que você jurou começar para que a sua barriguinha não tivesse a forma de uma bóia de piscina, até  hoje não saiu do papel, e você não tem coragem de se despedir da sua inseparável 'bóiazinha'. Ou então aquela promessa (este é o meu caso) de não deixar a roupa por passar acumular, foi para o espaço no primeiro fim-de-semana de calor (Gente, fala sério. Passar roupa ninguém merece, no calor então...). E entre várias promessas feitas a si mesma, e que convenientemente são esquecidas, você não conseguiu cumprir nem 1/3 delas. E quando o seu consciente (ai malandro!) lhe acusa, você pensa em mil desculpas para se olhar no espelho. Normalmente é: ainda tenho tempo de fazer e resolver esta situação. E um belo dia, você olha para o seu celular (telemóvel) e pensa: Caraca! Já estamos em Julho!
Vida difícil esta. Você vive em estado de negação e barganha por metade do ano, e na outra metade entra em desespero, porque afinal a sua vida foi exatamente igual ao ano que passou: reclamou das segundas-feiras e foi dormir cedo pelo cansaço. Acordou na terça e foi trabalhar a pensar ' amanhã já é quarta'. Na quarta voltou a trabalhar e a fazer as mesmas coisas que fez nos outros dias mas, com um sorriso ao de leve (porque estava ao meio da semana, só dois dias para a sexta! yupppi). E finalmente a quinta-feira. Esta quinta que antecede a sexta e você acorda fresquinha como uma alface, só porque 'amanhã' é sexta. Sexta-feira já 'estás que nem pode' do cansaço e correria da semana. Afinal, alimentar a tropa de casa, cuidar do miúdo, e dar um jeitinho para a casa ficar ao menos habitável, não é tarefa fácil. e ainda por cima, tens que estar limpinha e cheirosa(Mas nada impede que você vá trabalhar bem disposta). Já pensou na dificuldade que é? Chegou o sábado e o domingo e parece-lhe que os dois dias tem apenas 18h. E quando se dá conta, já é segunda-feira outra vez!
Putz Grila! (arranje outra interjeição, esta já é minha) metade do ano passou e o que é que se fez?
'Olha ( respondo, eu) fui otimista!'. É o que nos resta, não é verdade? Reconhecer que teve casa, e os amores por perto. Não é assim tão mal quanto se julga.
Agora, é viver mais metade deste ano, e ser feliz também nas segundas-feiras. Como dizem por aí: 'A vida  só tem dois dias.'

Tita R.



sexta-feira, 20 de junho de 2014

Water under Bridges | Águas passadas

Há momentos em que parece tudo tão complicado. E daí vem alguém que amas e diz: tudo isto vai ser ultrapassado.
Acreditar em nós mesmo é muito importante, mas ter pessoas que te amam  e que nunca duvidam do que és capaz, ah isso sim. Isso é fundamental para o conforto da nossa alma.
Acabei de ouvir uma música (não sei quem a compôs), na voz maravilhosa de Gregory Porter:
"Somebody told me,
"Get over it."
It's like water under bridges
That have already burned. 
They say,
"It gets better,
It gets easier."


Traduzido do inglês tupiniquim para o português tupiniquim (ambos meus, rs) é mais ou menos assim:

"Alguém me disse,
'Ultrapasse isso',
Isto são águas passadas
Não movem moinho,
Eles dizem:
'Isto fica melhor'
'Isto passa'
..."

Passa sempre passa. Tudo passa. Mas passar com quem ama é sempre mais fácil.

Aqui fica esta beleza de música: Water Under Bridges (Águas Passadas)



sexta-feira, 13 de junho de 2014

Orégano - Defectos Escogidos de Pablo Neruda.

Deixo-vos este presente para a vossa sexta-feira.

Orégano
Defectos Escogidos - Pablo Neruda

Cuando aprendí con lentitud 
a hablar
creo que ya aprendí la incoherencia:
no me entendía nadie, ni yo mismo, 
y odié aquellas palabras
que me volvían siempre 
al mismo pozo, 
al pozo de mi ser aún oscuro, 
aún traspasado de mi nacimiento, 
hasta que me encontré sobre un andén 
o en un campo recién estrenado 
una palabra: orégano,
palabra que me desenredó 
como sacándome de un laberinto.

No quise aprender más palabra alguna.

Quemé los diccionarios, 
me encerré en esas sílabas cantoras, 
retrospectivas, mágicas, silvestres, 
y a todo grito por la orilla 
de los ríos, 
entre las afiladas espadañas 
o en el cemento de la ciudadela, 
en minas, oficinas y velorios, 
yo masticaba mi palabra orégano 
y era como si fuera una paloma 
la que soltaba entre los ignorantes.

Qué olor a corazón temible, 
qué olor a violetario verdadero, 
y qué forma de párpado 
para dormir cerrando los ojos:
la noche tiene orégano 
y otras veces haciéndose revólver
me acompañó a pasear entre las fieras:
esa palabra defendió mis versos.

Un tarascón, unos colmillos (iban
sin duda a destrozarme) 
los jabalíes y los cocodrilos:
entonces 
saqué de mi bolsillo 
mi estimable palabra:
orégano, grité con alegría, 
blandiéndola en mi mano temblorosa.

Oh milagro, las fieras asustadas 
me pidieron perdón y me pidieron 
humildemente orégano.

Oh lepidóptero entre las palabras, 
oh palabra helicóptero, 
purísima y preñada
como una aparición sacerdotal 
y cargada de aroma, 
territorial como un leopardo negro, 
fosforescente orégano 
que me sirvió para no hablar con nadie, 
y para aclarar mi destino 
renunciando al alarde del discurso 
con un secreto idioma, el del orégano.



quinta-feira, 12 de junho de 2014

'Desfado.'

É mesmo bom acordar pela manhã, e não pensar no que tem para fazer. Simplesmente acordar, e ir realizando as nossas atividades sem hora marcada, apenas com o compromisso de não ter compromisso.
Pedro Silva Martins, compositor de 'Desfado', música que Ana Moura empresta tão lindamente a sua voz, fala sobre coisas dessas. Não ter destino, não acreditar em um destino . Apenas deixar acontecer. Até porquê, como dizem por aí: a vida só tem dois dias. 
Passear pelo calçadão de Oeiras, num esticão que começou desde Paço d'Arcos até a Marina de Oeiras.
Apreciar o que a natureza tem para oferecer, e aquilo que a vida nos proporciona. Nem sempre as coisas são fáceis, não é verdade? Mas reclamar sempre, parece-me que é não dar oportunidade do melhor acontecer. 
Hoje eu estou assim. Feliz. Sem ter motivo. Apenas agradecida por ter o que amo.
Amanhã posso pensar diferente. Mas hoje eu quero aproveitar e pensar que o meu fado é não ter fado nenhum. 
E hoje eu não estou certa de nada, apenas aproveito. Qualquer coisa que tenha para aproveitar, até o meu feijãozinho com arroz que agora me espera.
:-)
"Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande certeza de não estar certa de nada"
O Pedro Silva Martins é que sabe.


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Lilás como um Jacarandá.

O Jacarandá anda por aí a brotar e a deliciar os nossos olhos. Árvore nativa de alguns países da América Latina, e muito apropriada para climas temperados, parece-me que encontrou aqui um ótimo lugar para florir.
No outro dia, de passagem por Lisboa, tive a contemplar a sua beleza. Imponentes, liláses e muito agradáveis.
Hoje quando voltava das compras, parei um pouquinho debaixo de um Jacarandá. Acho que tanta beleza e com um nome tão gostoso de repetir (Jacarandá, Jacarandá, Jacarandá), dava mesmo para se fazer um poema, ou uma música destas tão sentidas que até parace que foi você quem a escreveu.
Terá sido após aproveitar a sombra de um Jacarandá que o Djavan escreveu a música Lilás?
Se foi ou não, eu não sei. Só sei que esta linda árvore merecia.
Ainda esta semana, li também uma publicação no Facebook de uma amiga, que igualmente dava conta de  uma dúzia destas árvores na zona de Cascais ( a fotografia era partilhada do marido).
Fiquei a pensar que eu de facto, não era a única a notar a sua resplandecência (que palavra bonita, hein?). Mas como ficar indiferente a tamanha beleza? Por todos os lugares que ando, admiro cada uma de forma diferente. Sim, porque tal como nós, cada uma tem a sua singularidade.
Então, fotografei esta com o telemóvel e não resisti  a partilhar com vocês.
Espero vos inspirar para apreciar este lindo presente da primavera.

Tita R.


AH! Se quiseres apreciar a colagem ao som de Lilás do Djavan, é só clicar na imagem!

sábado, 7 de junho de 2014

Bons ventos.

Dia solarengo e de primavera.
Quem tiver um barquinho a vela, que me convide para passear.



sexta-feira, 6 de junho de 2014

Bater perna e depois relaxar.

Hoje tive um dia um pouquinho exaustivo. Acordar cedo, apanhar transportes, estar duas horas sentadinha sem poder se levantar, e o pior de tudo (um castigo, até!) estar sem falar uma palavra por 2 horas!
Sabe o que é me pedir para estar calada? Pois...
Na hora do almoço, aproveitando o facto de estar por Lisboa, fui visitar duas queridas amigas. E por causa delas, conheci uma outra 'potencial'. Sabe, foi daquelas coisas de simpatia à primeira vista. 
O almoço foi uma pizza espeCtacular (sim, com c maiúsculo e sem acordo,para dar ênfase ao grau de gordice que a pizza tinha).Uma massa fininha e um top dignos de um episódio do MasterChef.
Que momento tão agradável e bem passado!
Foi tão bem passado e deveras cansativo (já me desabituei a sair de Oeiras para Lisboa) que vinha eu, prosa e pensativa no comboio que acabei por adormecer. Tomara que não tenha babado, rs. Bem, pelo menos não percebi.
Mas, posso dizer que a minha sexta-feira foi fora do normal e muito LEGAL (como dizem lá em terra brasilis).
Depois da maratona de hoje, foi chegar a casa e relaxar  no sofá.
Hoje nem a chuva estragou o meu dia.
A capacidade de rir enquanto chove, é para alguns.

Tita R.



quinta-feira, 5 de junho de 2014

Seria uma boa ideia.

O objetivo se aproxima. E uma pessoa tem mesmo que estudar.
Não há como fugir.
Mas hoje é daqueles dias, em que me apetecia dar um bom passeio por Lisboa, nos solavancos do eléctrico 28, a aproveitar a viajem e estar melancólica por uns tempos que não vivi.
Se pudesse viajar no tempo, gostaria de visitar a década de 30.
Mas como não posso...
Fico com a vontade de, pelo menos, me imaginar a passear neste dia fresquinho e solarengo de primavera.
Ai, ai...
Tita R.


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Pés para que te quero!


Hoje fui sentir a areia nos pés. Porque até os meus pés precisam de miminhos.
Com tantas andanças que eles têm feito por aí, resta a mim paparicá-los feito uma diva. Coitadinhos.
Então resolvi que depois de caminhar pelo calçadão, ou paredão (como dizem aqui na terra de Cabral), resolvi sentar-me  e enterrar os pés na areia.
Não na areia muito molhada. Mas também, não na areia muito seca. Até porque ela está cheia de pequenos gravetos, que aparecem não sei de onde, que magoam um bocado (Até parece uma analogia para pessoas chatas, de onde é que elas surgem?).
Tem que ser na areia assim-assim. Meio húmida, meio seca. Aquela que fica fofinha, e a preferida das crianças para os castelos de areia. (Outra analogia romântica, não acham?)
Não entendo a razão deste meu gosto em particular. Ter os pés na areia, mas ficar irritada para tirar a areia dos pés. É um contra-senso eu sei. Mas qual a mulher que não é complicada?
Então hoje, antes de ler umas tantas páginas dedicadas a Administração Pública, fui me inspirar (porque para tal, é mesmo preciso). Estive uns 10 minutos, sentadinha no areial da praia de Paço D'Arcos. Observei os idosos, alguns adolescentes, mães com seus bebés, e é claro, a Torre do Bugio.
Soube bem.
Sempre sabe. Este contemplar de pequenas coisas do dia. Ser um observador, no meio da correria de alguns, no meio do descansar de outros. Até fez-me lembrar um texto de Baudelaire, sobre o Flâneur ("uma figura curiosa e fascinante, que dedica o seu tempo, a vagar pelas ruas, no intento de observar o que acontece ao seu redor, de captar algo mais perene do cenário urbano")

Como um Flâneur, ando por Oeiras, a observar as pequenas coisas , neste lindo cenário que ela me oferece.

Tita

domingo, 1 de junho de 2014

Despedidas

Sempre é difícil nos despedirmos seja de quem for.
Acabei mais um projeto, e sinto que vou sentir falta da tal rotina que a maioria das pessoas tanto reclamam.
Então para aquelas pessoas que ficam, e que tive o enorme prazer de conhecer, um "até já".
Já é tempo de virar a página.

Tita R.


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Unhas Rosas.

Muito Piroso. Mas, eu adoro!
Ontem pintei as minhas unhas de cor de rosa. Gostei de tal forma que hoje quando olho para as minha unhas me sinto a melhor amiga da Barbie.

Tita R.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Borboletas Azuis.

E só porque uma amiga e admiradora das minhas colagens merece.
Beijinhos para ti amiga linda!

Tita R.


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Já faz parte de mim, este fado.

Nestes anos que estou em Portugal, já faz parte de mim este jeito de contar a vida como fado. Talvez pelo sangue que cá circula (o do meu avôzinho), talvez pela convivência ou vivência longe da minha amada terrinha. Por vezes, é um fado alegre mexido e por outras, nem por isso.
Se Amália estivesse por cá, perguntaria se andou a saber coisas da minha vida para escrever um certo fado.

O fado de hoje é a minha saudade, a melancolia das horas e dos dias vividos, tão longínquos que faz desta lembrança, o falar em voz alta, um fado.


sábado, 24 de maio de 2014

Esplanada com vista para o mar.

Hoje, no exercício do meu dever de mãe, fui levar o pequenino a uma festinha de aniversário. Posso vos dizer que tal como o "periquito" (carinhosamente assim chamado desde a barriga), aproveitei a manhã.
A esplanada com vista para o Tejo e para o Farol do Bugio, estavam mesmo espetacular. Ou, como diria em terra brasilis, estava uma delícia!
Tão delicioso com o sol que ia aparecendo timidamente, que nem mesmo o barulho das motas d'água (jet sky) conseguiram desviar a minha atenção.
Então lá estávamos nós. Um pequeno grupo de pais, uma vista maravilhosa, raios de sol e uma brisa (aquele ventinho típico de Oeiras) nada desagradável para o dia de hoje, e os miúdos se divertindo.
Foi fechar os olhos e aproveitar o sol, ali na esplanada.
Atividade semelhante, recomenda-se!

Tita R.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

O cansaço.

Ontem cheguei a casa, tão, mas tão cansadinha...
Depois de jantarinho feito, e missão cumprida com a higiene do meu filhote, fui relaxar no meu banho quentinho.
Remédio da alergia, banho quente e cma fofinha. Dormi como um anjinho.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O bolo.

Este foi o bolo de ontem. Feito por mim. Não sou nenhuma cake maker, mas acho que deu para cantar os parabéns!

Tita R.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

"Eu tou na lua. Não me incomodes que eu agora estou na lua."

Hoje é o aniversário do meu mais que tudo. E já há algum tempo é que não ficávamos os dois em casa sozinhos, sem o nosso pequenino a nos chamar constantemente. Tivemos direito ao pequeno almoço, almoço e entre a confecção do bolo, cá estou eu meninas, a partilhar convosco o meu dia.
Posso dizer que hoje o meu dia está a correr lindamente, e sinto-me mesmo na lua.
É tão bom quando podemos fechar os olhos e se sentir assim, aluada. Aluada, esta é a palavra mais que adequada para me descrever hoje. Aluada. Aluada quando estou feliz e com o meu amor, ou com os meus amores.
A dica de hoje é: fechar os olhos e se sentir A-L-U-A-D-A.

Tita R.



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Ai, as segundas...

Tudo bem. Eu concordo que parece um cliché reclamar sempre das segundas. Mas é que hoje está a me custar "especialmente" mais.
Para estes dias de preguiça e sono, quando me sinto um "zombie" (corpo a caminhar e mente a não funcionar) tento ser otimista para que o dia corra bem. Faço o meu caminho para o trabalho por Santo Amaro de Oeiras, observo as casas, oiço os passarinhos e trabalho ouvindo Jazz.
A segunda já vai na metade. E ao fim, não foi tão ruim.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Auto-estima.

Sabe muito bem, vez por outra...
Ou quase sempre.

Tita

"Vão falar de mim, pra o bem ou pra o mal"


Pato Fu, é um grupo brasileiro com música que dizem tudo ou quase tudo em apenas 5 minutos e alguns segundo.
Imagina que se um pessoa quizer dizer tudo, ou quase tudo, vai levar imenso tempo a fazê-lo. Pelo menos um dia inteiro. Quem é que consegue ter tudo para dizer e dizer em tão pouco tempo ou tão poucas palavras. Mas eles têm este dom. E para mim, cada vez que os ouço, eles me dizem imenso.
Hoje acordei com a música "Depois" deste grupo (recomendo o grupo e a música). Depois do beijinho de bom dia do meu pequenino, ouvi-la fez com que eu começasse o dia de uma maneira especial.
Em uma parte da letra, podemos ouvir "Prometo choro garanto, vou resolver tudo isto, assim que tiver coragem, e mais nenhum compromisso." Eu aprendi a ter esta atitude, talvez por egoísmo, talvez por já ter sido forte demais. Agora, choro um pouquinho, porque faz bem e lava a alma. Ponho uma pedra sobre o assunto e acordo para um novo dia "tomo um café, um guaraná para me animar. Mas ficou tão tarde, que é melhor deixar para lá". É mesmo esta a atitude. Não digo que não tenho dias menos bons. Mas estes todas as pessoas os têm. E para dias assim, o melhor a fazer é fechar os olhos e ouvir uma música. E pensar : já que estou aqui neste lugar (a terra) que falem de mim "pra o bem e pra o mal".

Tita

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Andar à boléia.

Ao fim de um dia de trabalho (ou por vezes antes do trabalho), quem é que não gosta de apanhar boléia?
Pois bem. E se a boléia não for somente de carro, mas na alegria e felicidade de alguém?
Sou dessas pessoas que fica feliz enquanto vê a felicidade do outro, e emociono-me juntamente com os amigos. Acho que faz bem ao coração e a alma.
Gosto de apanhar boléia para não ter que vir (ou ir) de transportes ou à pé. Eu adoro andar à pé. Mas é que às vezes sabe bem.
Hoje uma amiga deu-me boleia logo pela manhã. Apanhei boléia (ou como diria no Brasil: carona) no seu carrinho verde e na sua boa disposição.
Agora nem a alergia aos pólens me vence.
Estou aqui fungando e espirrando, e com os olhos coçando, mas estou bem dispostíssima.
E por um segundo, enquanto estava no banco do pendura, fechei os olhos e curti o meu momento de passageira.